quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mercado do Esmalte


Tem uma matéria na revista Exame sobre o "Promissor Mercado do Esmalte". O setor cresceu 31,9% nos 4 primeiros meses do ano e o Brasil já é o segundo maior consumidor mundial.


A gente não se espanta, pois faz parte do nossa rotina aqui na Ânima e é um assunto dos mais abordados no blog. Qq pessoa um pouco mais antenada e que goste do babado sabe dos constantes lançamentos e das múltiplas opções oferecidas, tanto de produtos qto de técnicas e modismos e fontes de consulta e inspiração (blogs, revistas, novelas, jornais, etc).


Esmalte não é mais coadjuvante e virou acessório de moda!


Uns 10 anos atrás, eram só os vermelhos e os claros... e hoje, essa variedade de cores e tons, novos acabamentos (foscos, perolados, cintilantes, com glitter, etc) - a gente não sabe pra que lado correr mas sabe que quer todos!


E essa mudança de comportamento reflete nas vendas e no mercado. Até abril de 2009 foram vendidos no país 65,8 milhões de vidrinhos, o q representa um crescimento de 32,3% .

Outro fator do crescimento deste mercado, desde 2004, é o aumento do consumo entre as classes C e D, além da ampla divulgação e a inovação nas cores.


O Brasil só fica atrás dos Estados Unidos no consumo mundial - brincam q as brasileiras tem 20 dedos e não só 10, como nos países mais frios, onde se usa menos chinelos e sandálias abertas. Só em 2009 esse mercado movimentou 330,7 milhões de reais!


Cada uma das 3 maiores marcas nacionais (Colorama, Risqué e Impala) oferece mais de 100 opções de cores cada, isso sem falar em outras baita representantes, como a Big Universo, a Hits e as 'novatas' q surgem aos borbotões.

Segundo especialistas, as mulheres hoje se preocupam mais com esmalte do q com o batom, não se limitando apenas com o q a manicure tem. E um canal de inovação eficiente usado pela indústria são os blogs. A Impala mantém uma rede de contato com mais de 200 blogueiras para divulgar lançamentos e ouvir opiniões.

A Risqué, dona da cor mais vendida nos últimos 10 anos (o branco transparente Renda), atua há mais de 75 anos e inovou, há 5 anos, ao fazer parceria com o estilista Reinaldo Lourenço. Com a ajuda de referências de cores e texturas dadas por ele é q a equipe de criação da marca lança tendências e atende aos desejos das consumidoras.


Pro pessoal da Colorama, nos momentos de crise as mulheres continuam investindo em beleza mas buscam alternativas de menor custo. E vamos combinar q, com esse novo status do esmalte / acessório, é um ótimo custo-benefício. Até a grife Chanel se deu conta disso e segue investindo e ampliando o leque (e sendo rapidamente copiada pelas fabricantes nacionais).


Uma das marcas que se 'inspira' na famosa grife francesa é a Big Universo, surgida nos anos 70 no quintal de uma casa, e q se reinventou para voltar a crescer. Em setembro de 2009 lançou uma linha de esmaltes foscos e, logo depois, uma versão 'genérica' do esmalte Jade, da Chanel. Deu (e tem dado) tão certo q a Big, neste período, quadruplicou sua receita. A meta agora é vender um milhão de vidros por mês e chegar a 1% do mercado (tem 0,03).


A Armadilha:
A verdade é q o mercado não esperava tamanho auê e explosão nas vendas.
Resultado: faltam vidrinhos! Algumas empresas tiveram q importar de outros países, o preço aumentou mas ainda não foi repassado aos consumidores. O Brasil é o único a oferecer esmaltes a 2 reais - nos EUA, partem de 5 dólares, e por isso aqui ainda não tem a concorrência estrangeira no segmento.


A ameaça agora são as caixas de papelão, q já tiveram 4 aumentos de preço só neste ano e ainda estão em falta no mercado.

Cerca de 60% do preço do esmalte corresponde a impostos (êta nóis!!), além de ser facilmente contrabandeado e ter várias empresas informais no ramo. Para obter lucro, é necessário vender mais de 10 milhões de vidrinhos por mês.

Mesmo com o aumento no volume de vendas, o mercado ainda não é cor de rosa pros fabricantes de esmaltes.

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