segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pimente-se!


A pimenta é o condimento mais usado no mundo depois do sal, seja dando um toque a mais aos mais variados pratos mundo afora ou seja contribuindo para a saúde.


A jornalista Rosa Nepomuceno, autora dos livros 'Viagem ao Fabuloso Mundo das Especiarias' e 'O Brasil na Rota das Especiarias' (Ed. José Olympio), revela que a pimenta está presente na culinária de quase todos os povos, e o apreço por ela é ainda maior nos países tropicais.
Segundo ela, dependendo da espécie, uma pimenta pode ter entre 6 e 10 vezes mais vitamina C do que uma laranja.
A pimenta está ligada à cultura mais popular e é utilizada para ativar sabores e equilibrar a temperatura do corpo - e vem sendo cada vez mais valorizada pela gastronomia moderna (influência dos pratos de inspiração asiática).


Nas Américas, as pimentas nativas são as do gênero Capsicum, que agregam dezenas de espécies como a jalapinha, a malagueta, a dedo de moça, a olho de bode, todas as amazônicas, e tantas outras.


No livro 'Pimenta e seus benefícios à saúde' (Ed. Alaúde), o médico Márcio Bontempo observa que, na medicina ayurvédica, na egípcia, na persa, na árabe, nos povos pré-colombiano e na medicina dos índios, o hábito de ingerir pequenas quantidades diárias de pimenta parecia ser um recurso indicado para a preservação da saúde e prevenção das doenças.


E são justamente as pimentas vermelhas, encontradas na América Latina, como nossa tradicional malagueta, as que trazem mais benefícios à saúde. Elas pertencem ao gênero Capsicum, ricas em capsaicina, uma substância poderosa quando o assunto é bem-estar. As do gênero Piper, como a pimenta-do-reino, são ricas em piperina, e têm efeito similar. Segundo o profissional, as pimentas têm efeito anestésico, antiinflamatório e antimicrobiano, também diminuem a formação de coágulos no sangue e são vasodilatadoras, ajudando na circulação.

O condimento ainda aumenta a produção de endorfina no cérebro, hormônio que produz sensação de bem-estar, e é muito benéfica para quem quer emagrecer, pois ajuda a reduzir o apetite.

Tem mais: consumo de pimenta também evita gripes! Além da vitamina C, que é antioxidante, as pimentas vermelhas e verdes contêm beta caroteno (vitamina A), licopeno e microminerais - nutrientes que ajudam a proteger o organismo de doenças degenerativas.

Dr. Bontempo relata q a ingestão regular de pimenta também contribui para evitar o envelhecimento. Há cada vez mais estudos sobre sua potencialidade e, segundo pesquisas, a clorofila, presente nas pimentas verdes, e os bioflavonóides, superabundantes em todas as espécies de pimenta, ajudam a repor o dano genético celular, reduzindo o processo que leva ao envelhecimento precoce.


> Escala de ardência:
Para medir o ardor da pimenta, foi desenvolvida a 'Escala de Scoville' pelo químico Wilbur Scoville. Foi de acordo com essa escala que se concluiu que a Naga Jolika é a pimenta mais forte do mundo - tão ardida que não tem uso culinário, somente na fabricação de sprays de pimenta. A pimenta Habanero, muito apreciada pelos mexicanos, é a terceira da escala. Para se ter uma idéia, a malagueta, no Brasil quase um sinônimo de ardência, está no meio da tabela, quase no mesmo patamar das pimentas de cheiro.


Para quem não gosta de pimenta, a solução é consumi-las em cápsulas a partir da indicação de um médico.

Caso contrário, aprecie com (pouca!) moderação!

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